Você, seu negócio e sua empresa já tem um site. Provavelmente há vários anos. E de repente, sem nenhuma explicação ou aviso, ele sumiu do Google.

Esse é o tipo de situação que recebemos todos os meses aqui na agência.

Empresas que nunca fizeram SEO ativo, mas que recebiam uma quantidade razoável de acessos orgânicos e sempre contaram com isso para gerar vendas.

E de repente, todos esses acessos e vendas foram embora.

Como provavelmente o seu negócio ainda não tem um trabalho ativo de SEO, vamos explicar de forma simples porque isso acontece, e dar algumas dicas de como resolver.

Entenda agora porque as suas páginas foram retiradas da busca.

Razão 1: Você ficou acomodado

“Não tem mais bobo na internet.”
Se você acompanha futebol, provavelmente já ouviu a expressão acima, mas citando o “futebol” no lugar de “internet”.
Basicamente, esse ditado faz referência ao fato de que, depois da globalização, acesso à tecnologia e massificação do conhecimento, não importa se você é a seleção de futebol da Inglaterra ou da Tunísia.
Ambas têm à disposição o mesmo conhecimento e então, por mais que uma delas não tenha tradição ou títulos, quando se entra em campo, elas jogam de igual para igual.
É bem por aí o que está acontecendo no ambiente digital. E que fez o seu site sumir do Google.
Os seus concorrentes, grandes ou pequenos, estudaram o Google. Entenderam como fazer bons sites e bons conteúdos. E colocaram isso na prática.
E você fez o que? Deixou o site como estava. Achou que a sua posição no Google e o seu tráfego orgânico nunca seriam ameaçados.

Perder posições x sumir do Google

Sim, eu sei. São coisas diferentes.
O que estamos falando é que alguém entrou na sua frente por ser melhor. Isso não quer dizer que o seu site sumiu da pesquisa.
Mas uma coisa leva à outra.
Se sua empresa nunca melhorou o site, em nenhum sentido, e em paralelo outras companhias estão ativamente melhorando seus canais e seus conteúdos, qual a tendência?
O Google vai perceber que você não está nem aí. E quando as suas respostas caírem para a segunda, terceira, décima página, ele vai captar os sinais.
Você não merece. Não é digno. Então não vou oferecer seu conteúdo para quem está usando a busca.

Razão 2: O Google melhorou os critérios

Goste ou não, muitos dessas empresas que desapareceram dos resultados de busca não apareciam porque tinham bons sites.
Elas apareciam porque se aproveitavam de falhas no Google.
Bom, não falhas, mas subjetividades. Basicamente, o fato do buscador ser um robô e não conseguir avaliar seu site como um ser humano.
Dentre essas subjetividades, as mais comuns eram:
repetição do termo de busca na página, mas sem responder a pergunta;
site lento;
site difícil de navegar;
site não responsivo;
site sem uso de melhores práticas.
Hoje o Google evoluiu. E já consegue olhar para essas variáveis e saber se o seu canal é bom ou ruim.
Vamos entender com calma.

Repetição do termo de busca na página, mas sem responder a pergunta

O funcionamento do Google é bem simples.
Ele tem um robô que sai pela internet rastreando e catalogando páginas
Depois ele associa essas páginas a termos de busca, ordena de acordo com a qualidade das páginas e coloca tudo em um índice.
Quando você faz uma busca, o que acontece? A ferramenta de busca procura no índice qual a melhor resposta para a sua pergunta.
A melhor resposta.
E, 20 anos atrás, o robô do buscador era bem limitado em entender o que é uma “melhor resposta”.
Basicamente, ele procura pela quantidade de vezes que a sua pergunta aparecia em uma página. Faz sentido né?
Bom, mais ou menos.
Só repetir uma palavra-chave trocentas vezes em um conteúdo não é garantia de um bom conteúdo.
Então, o Google começou a evoluir.
E hoje, com melhorias no algoritmo como o Panda, Hummingbird e outros, ele tem bastante propriedade para saber se o seu site tem uma boa resposta ou não.
E aí, se você não melhorou esse conteúdo nos últimos 5 anos, provavelmente ele não é mais considerado pelo buscador com uma boa resposta.

Site lento

Se você tem mais de 30 anos, deve ter visto a época da internet discada.
Muita gente pensa que, devido à lentidão e custo da navegação online 10-15 anos atrás, os sites deveriam ser rápidos.
Mas não eram. Por uma razão muito simples.
Os usuários esperavam.
Eles tinham paciência. Já contavam que tudo era lento. Que demorava 1 hora para baixar uma música de 5 minutos. (streaming? Nem pensar!)
Então, ter um site pesado, mal otimizado para carregamento não era problema para o Google.
Mas hoje é.
Hoje as pessoas não tem mais paciência.
Elas pagam pacote de dados no celular. Elas fazem streaming de vídeos, de música. Elas querem tudo de imediato.
E o gigante das buscas então não pode, nesse cenário, ficar oferecendo sites lentos.
E o seu canal, que era lento mas era bom, agora fica de fora da busca.

Site difícil de navegar

Mesma lógica acima. Falta de paciência.
Antigamente, nós não ligávamos de fuçar um site por minutos até achar uma resposta, um telefone, um conteúdo.
Agora, não mais. Ou você me dá o que quero em segundos, ou eu saio e volto para o Google olhar outra opção.
E, surpresa, a ferramenta de busca também capta esses sinais.
E aqui, nada diferente da velocidade. Ou sua empresa facilita para o lado do usuário, ou ela não merece ser listada entre os primeiros.

Site não responsivo

A responsividade se refere aos sites “adaptáveis”.
Aqueles que funcionam tanto no computador, quanto no celular, quanto no tablet.
E aí vamos ser redundantes. Facilidade para quem navega. Rapidez, objetividade, simplicidade.
Estou pagando pacote de dados. Estou no ônibus. Estou na fila do supermercado. Eu quero mexer no celular com uma mão só.
Não me faça fazer pinça para dar zoom no seu site. Eu não vou fazer. Vou procurar outro site.
E provavelmente, vou ficar irritado com o Google porque ele me indicou o seu site como resultado.
O gigante das buscas vai correr esse risco por você? Certamente que não.

Site sem uso de melhores práticas

Se você der uma fuçada aqui no nosso blog, vai encontrar alguns artigos mais técnicos em relação à como otimizar e /ou produzir um conteúdo.
A premissa básica é que os seus textos precisam agradar tanto ao robô de busca quanto ao usuário.
E agradar o usuário é ter uma boa resposta.
Mas agradar o buscador é seguir uma série de melhores práticas:
usar uma tag de título (H1);
usar o título da página (title);
preencher a meta tag description;
ter uma url (endereço da página) amigável e legível;
dentre vários outros.
Independente do tecnicismo, tudo que isso acima faz é ajudar o robô entender o seu conteúdo.
Do que a sua página está falando. Quais os tópicos de discussão. Se a resposta está completa. Se a resposta é fácil de ler.
Antigamente, não era preciso se preocupar com isso, porque ninguém se preocupava.
Mas hoje, o seu concorrente está se preocupando. E quando você não está, ele passa na sua frente.

O Google vai continuar melhorando

Não se engane. Esses só são alguns pontos.
Não espere ajuda do Google. O foco dele é quem busca. O usuário.
Mas veja como a solução é simples.
Basta você, a sua empresa também focarem no usuário. No seu potencial cliente. Em quem tem interesse no seu produto.
Fazendo isso, você evita de sumir do Google.

Razão 3: Você mudou o site

Esse problema é mais técnico, e não costuma acontecer com as empresas acomodadas.
Mas ele acontece com quem olha para o site como uma vitrine. Ou, sendo mais grosseiro, um quadro na recepção.
Essas são as empresas que querem mudar o seu canal por acharem ele “feio”, “pouco dinâmico”, “sem movimento”, “pior que a concorrência”, e outros mais.
Todos motivos relacionados à uma percepção comumente estética, associada ao que a diretoria, o CEO e outros que mandam querem.
Mas nada relacionado ao seu público. Ao que ele busca. Ao que ele quer.
Claro, nada disso faz seu site sumir do Google.
Mas essa é raiz do problema. Não olhar para o seu site como um ativo. Um canal de captação de pessoas. Um conjunto de páginas com potencial de aparecer na primeira posição do Google.
E aí sua empresa contrata alguém para fazer um novo site.
E aqui acontecem duas situações comuns que te tiram da busca sem deixar rastros:
  • o novo site parece melhor, mas é pior;
  • o novo site tem erros técnicos.

O novo site parece melhor, mas é pior

Você não é técnico. Não sabe olhar para um site e ver códigos.
Não sabe se uma informação disposta nas suas páginas é composta por imagens (que o Google não consegue ler) ou textos (que o Google consegue ler).
Mas alguém precisa saber fazer isso certo? No caso, a empresa ou profissional que você contratou para fazer o site.
E aí, infelizmente, a empresa também não é técnica. Ela é criativa. E vai fazer um site bonito:
  • imagens grandes;
  • animações;
  • pouco texto;
  • navegação conceitual;
  • campanha da empresa.
  • À primeira vista, o seu novo site vai parecer melhor.
Mais colorido, mais vistoso, mais animado.
Mas aqui é preciso ser bem claro.
Nada disso é o mais importante para o seu público (e para o Google).
O mais importante é a informação. O conteúdo.
E o seu site anterior, que era feio, provavelmente tinha esse conteúdo.
Agora, você priorizou o visual, o conceitual e as cores, e suprimiu as respostas.
Então, não se engane. Seu site piorou. Ele não é um comercial. Função antes de forma. Resposta antes de floreios. Entregue o que o usuário quer.
Um site bonito e conceitual é um bônus. Sem informação, sem conteúdo, ele não vale nada.

O novo site tem erros técnicos

Essa situação normalmente é menos pior, porque é mais fácil de resolver.
Aqui estamos falando da situação onde existem problemas no código do seu site.
Na verdade, não problemas, mas diretrizes informando ao Google para não mostrar as suas páginas na busca.
Embora o problema possa ser mais complexo, normalmente ele passa por duas razões principais:
bloqueio de indexação (meta name=”robots” content=”noindex,follow”);
bloqueio de rastreamento (disallow).
O bloqueio de indexação envolve ter uma linha de código nas páginas do seu site informando ao Google para não exibir o site na ferramenta de busca.
Para ver se isso está ocorrendo, primeiro jogue o operador abaixo no Google:
Site:nomedoseusite.com.br
Exemplo com o nosso site:
Exemplo com um site não indexado:
Agora, entre em uma página que você acredita que não está no Google e siga os passos:
digite CTRL+U para abrir o código-fonte do site;
digite CTRL+F para pesquisar no código;
busque por “noindex”.
Se o site estiver com a diretriz de não indexar, você verá o resultado abaixo: